Saúde

Casos de sífilis crescem 32% em Santa Catarina em 2017

Casos de sífilis crescem 32% em Santa Catarina em 2017 Foto: Ver Descrição / Agencia RBS

 

Os casos de sífilis, infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum, não param de crescer em Santa Catarina e preocupam autoridades de saúde. Só os registros de sífilis adquirida – em pessoas acima de 13 anos – saltaram de 8.368 novos casos em 2016 para 11.065 em 2017, um aumento de 32,2%. 

Os dados divulgados nesta quarta-feira pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de SC (Dive-SC) mostram ainda o aumento da doença em gestantes. Em 2016, foram 1.447 notificações contra 1.879 em 2017, crescimento de 29,8%. 

De acordo com Eduardo Macário, diretor da Dive/SC, esses aumentos podem ser, em parte, explicados pela estratégia de expansão do teste rápido da sífilis para todas as unidades de saúde. Só em 2017, foram distribuídos 343.361 testes para os municípios catarinenses, que foram orientados a utilizá-los na rede básica de saúde, bem como nas maternidades. 

Porém, para reduzir o número de novas infecções, o tratamento deve ser realizado de forma efetiva, abrangendo tanto a pessoa diagnosticada quanto o seu parceiro. Além disso, é fundamental o uso de preservativo em todas as relações sexuais, acrescenta Macário. 

Transmissão em bebês cresce no Estado

Uma das formas mais preocupantes da infecção, a sífilis congênita, transmitida da gestante para o bebê, também registrou um aumento de 26% entre os anos de 2016 e 2017. Em 2016, foram 555 casos de sífilis congênita em bebês catarinenses. Em 2017, esse número pulou para 700. 

— A sífilis congênita é a nossa principal preocupação, pois pode provocar aborto ou graves problemas para a criança como cegueira, surdez, retardo mental e deformidades físicas —esclarece Macário. 

Sobre a doença

A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que pode apresentar sintomas que desaparecem espontaneamente. Por esse motivo, muitas vezes, não é tratada de forma adequada. No entanto, é preciso ficar atento a alguns sinais como: feridas nos órgãos genitais e ínguas nas virilhas. Após alguns meses, também podem surgir manchas no corpo e quedas de cabelo.

Tem cura, mas se não for tratada adequadamente pode causar complicações como cegueira, paralisia, doenças cardíacas e cerebral, além de levar à morte.

Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, em especial as gestantes e mulheres que estão planejando engravidar e seus parceiros, pelo risco de causar a sífilis congênita. Uma das formas de identificar se uma pessoa foi infectada pela sífilis é através do teste rápido. O teste pode ser realizado em qualquer unidade básica de saúde e o resultado sai em até 30 minutos.

 

Por Diário Catarinense

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