Três partidos foram unânimes na sessão da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) que decidiu autorizar a continuidade do processo de impeachment do governador Carlos Moisés (PSL) e da vice-governadora (sem partido) nesta quinta-feira (17). Todos os quinze parlamentares que compõem as legendas do MDB, do PT e do PSB votaram pelo afastamento dos governantes.
A única abstenção na votação, que durou seis horas, foi do presidente da Alesc, deputado Julio Garcia (PSD). Os demais deputados da sigla, assim como a maioria dos parlamentares, decidiram pelo impeachment. No PSL, apenas o Coronel Mocellin votou contrário ao afastamento de Moisés e Daniela.
Marcius Machado (PL) foi o único deputado que votou a favor do impeachment do governador e contrário ao impedimento de Daniela. O PP, por sua vez, foi o partido que indicou mais votos a favor do governador e da vice-governadora: dois deputados se posicionaram contra e um votou a favor.
A seguir, confira como votou cada deputado.
Foto: Rodolfo Espínola / Agência AL
Votos para Carlos Moisés
Sim: 33 votos
Não: 6 votos
Abstenção: 1
MDB
Luiz Fernando Vampiro: sim
Ada de Luca: sim
Fernando Krelling: sim
Jerry Comper: sim
Mauro de Nadal: sim
Moacir Sopelsa: sim
Romildo Titon: sim
Valdir Cobalchini: sim
Volnei Weber: sim
PSL
Sargento Lima: sim
Ana Campagnolo: sim
Coronel Moccelin: não
Felipe Estevão: sim
Jessé Lopes: sim
Ricardo Alba: sim
PSD
Kennedy Nunes: sim
Ismael dos Santos: sim
Marlene Fengler: sim
Milton Hobus: sim
Júlio Garcia: abstenção
PL
Ivan Naatz: sim
Marcius Machado: sim
Maurício Eskudlark: sim
Nilson Berlanda: sim
PT
Fabiano da Luz: sim
Luciane Carminatti: sim
Neodi Saretta: sim
Padre Pedro Baldissera: sim
PP
João Amin: sim
Altair Silva: não
José Milton Schaeffer: não
PSB
Nazareno Martins: sim
Laércio Schuster: sim
PSDB
Marcos Vieira: sim
Vicente Caropreso: não
Novo
Bruno Souza: não
PCdoB
César Valduga: sim
PDT
Paulinha: não
PSC
Jair Miotto: sim
Republicanos
Sérgio Motta: sim
Foto: Anderson Coelho/ND
Votos para Daniela Reinehr
Sim: 32 votos
Não: 7 votos
Abstenção: 1
MDB
Luiz Fernando Vampiro: Sim
Ada de Luca: sim
Fernando Krelling: Sim
Jerry Comper: Sim
Mauro de Nadal: Sim
Moacir Sopelsa: Sim
Romildo Titon: Sim
Valdir Cobalchini: Sim
Volnei Weber: Sim
PSL
Sargento Lima: sim
Ana Campagnolo: sim
Coronel Moccelin: não
Felipe Estevão: sim
Jessé Lopes: sim
Ricardo Alba: sim
PSD
Kennedy Nunes: sim
Ismael dos Santos: sim
Marlene Fengler: sim
Milton Hobus: sim
Júlio Garcia: abstenção
PL
Ivan Naatz: sim
Marcius Machado: não
Maurício Eskudlark: sim
Nilson Berlanda: sim
PT
Fabiano da Luz: sim
Luciane Carminatti: sim
Neodi Saretta: sim
Padre Pedro Baldissera: sim
PP
João Amin: sim
Altair Silva: não
José Milton Schaeffer: não
PSB
Nazareno Martins: sim
Laércio Schuster: sim
PSDB
Marcos Vieira: sim
Vicente Caropreso: não
Novo
Bruno Souza: não
PCdoB
César Valduga: sim
PDT
Paulinha: não
PSC
Jair Miotto: sim
Republicanos
Sérgio Motta: sim
Julio Garcia pode assumir o governo em caso de impeachment – Foto: Flavio Tin/ND
Saiba quais são os próximos passos
Depois da votação dos deputados a favor do impedimento do governador e da vice-governadora, será formada agora uma comissão mista que julgará a admissibilidade ou não do processo contra os governantes. A próxima sessão está marcada para terça-feira (22) quando poderá ser formada a comissão.
A Lei 1.079/1950, conhecida como Lei do Impeachment, determina que deverão ser escolhidos os dez membros da comissão julgadora. O presidente da Assembleia, deputado Julio Garcia, regulamentará a escolha dos cinco deputados, que serão eleitos em plenário. Já os cinco desembargadores serão escolhidos por sorteio feito pelo Tribunal de Justiça.
Essa comissão julgadora será presidida pelo presidente do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina), Ricardo Roesler, e o relator será escolhido por sorteio. O relator terá 10 dias para emitir parecer favorável ou contrário à continuidade do processo de impeachment.
Se seis dos 10 integrantes aceitarem o recebimento da denúncia, Moisés e Daniela são afastados do cargo por 180 dias. Assume então o cargo de governador do Estado o presidente da Alesc. No caso de impedimento, o cargo de governador de Santa Catarina será ocupado pelo presidente do TJSC.
Caso o impeachment ocorra até 31 de dezembro deste ano, haverá eleições. Se o impedimento for feito após 1º de janeiro de 2021, quem decidirá o próximo governador serão os 40 deputados, por meio de eleição indireta.
Redação ND, Florianópolis
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