Polícia

PMs são condenados por lesões a ciclista em Itajaí

Crime ocorreu há 10 anos. Vítima ficou quase um mês internada no hospital.

PMs são condenados por lesões a ciclista em Itajaí Foto: Arquivo/TJSC

Os policiais militares Lucas Egidio Ubiali e Marcos Aurélio Machado foram condenados pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) a dois anos e quatro meses de prisão em regime aberto por lesão grave. De acordo com a Segunda Câmara Criminal, os dois agrediram um ciclista em 2009 na cidade de Itajaí, no Vale do Itajaí. A vítima chegou a ficar quase um mês internada no hospital.

Cabe recurso da decisão, divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Poder Judiciário. A determinação é de 18 de junho. A defesa de Machado não se manifestou sobre o caso. A Defensoria Pública, que defende Ubiali, afirmou que não teve acesso ao processo até esta quinta.

Além da prisão, os dois réus perderam o cargo público, conforme o Poder Judiciário.

Denúncia

Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em 31 de maio de 2009 os dois policiais faziam patrulhamento no bairro Cordeiros quando decidiram abordar a vítima, na época com 44 anos de idade. Os réus justificaram a abordagem afirmando que acharam que o ciclista teve uma atitude suspeita quando os viu em outra rua.

Eles pensavam que a vítima estivesse com drogas. Porém, durante a revista, nada foi encontrado. Com a intenção de torturar o ciclista, conforme o MPSC, os réus deram pisões e pontapés nele, especialmente na região da cabeça, para que dissesse onde estavam os entorpecentes.

Como não conseguiram essa informação, continuaram agredindo a vítima. Por causa dos ferimentos, foi preciso chamar o Corpo de Bombeiros, que levou o ciclista ao Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí.

Quando os socorristas chegaram, os policiais disseram a eles que a vítima havia ingerido duas ou três pedras de crack. Porém, nada foi encontrado pelo hospital.

O ciclista teve alta no dia seguinte. Porém precisou novamente de atendimento médico e ficou internado até 29 de junho.

Em primeira instância, a Justiça de Itajaí absolveu os dois réus por falta de provas. O MPSC entrou com recurso. No processo, há cinco testemunhas. Quatro deles afirmaram ter visto as agressões.

Por G1SC

Outras Notícias