Polícia

Caso Vanisse Venturi: Júri Popular é adiado por falta de defensor do réu

Nova data foi agendada para o ano que vem

Caso Vanisse Venturi: Júri Popular é adiado por falta de defensor do réu Foto: Redes Sociais

 

O júri popular do marido de Vanisse Venturi, que seria realizado nesta quinta-feira (17) em Rio do Sul, não vai mais acontecer. O advogado defensor de Isonir Venturi não compareceu.

Nova data foi agendada para 16 de março, tempo necessário para que um novo advogado se intere do processo. 

Ele vai responder por homicídio qualificado por motivo torpe e feminicídio, além de ocultação de cadáver. Já Isael Venturi, irmão do réu e cunhado da vítima, será julgado por ajudar a esconder o corpo da mulher. Os dois negam os crimes.

O caso chega a julgamento com uma pergunta sem resposta: onde está o corpo da mulher, até hoje não localizado apesar das buscas, inclusive com cães farejadores?

Para o Ministério Público, o homem matou a esposa porque não queria dividir os bens durante o divórcio. Ele foi preso em junho de 2021.

A investigação aponta que Vanisse foi morta depois das 18h de 22 de julho de 2020 no galpão da família, ao lado da casa onde o casal vivia com os dois filhos, na cidade de Agronômica. O corpo teria sido ocultado pelo irmão de Isonir.

 

Crime cercado de mistério

As apurações dão conta de que o crime aconteceu momentos depois de o homem receber uma mensagem da advogada da esposa. Um vizinho viu os dois indo para o galpão por volta das 18h e, meia hora depois, só o homem deixou o local. O tênis que ela teria usado quando ia ao galpão foi encontrado pela polícia na casa da família, conforme o Ministério Público.

De acordo com as investigações, o marido recebeu a visita do cunhado, irmão da vítima, por volta das 19h20, e disse que a esposa não estava em casa. Depois, diferentemente da rotina da família, ainda preparou o jantar para os filhos, alegando que a mãe estava no quarto, com a porta chaveada, por causa de uma suposta dor de cabeça.

Perto das 22h, sem saber que era observado pelo filho mais novo, de 12 anos, o homem pegou uma lanterna e saiu da casa. Em seguida, foi visto por um vizinho entrando novamente no galpão. O objetivo, de acordo com a denúncia do Ministério Público, seria preparar o corpo e deixá-lo acessível ao irmão, que se encarregaria de ocultá-lo na madrugada.

O cunhado de Vanisse chegou a ficar preso por 30 dias. Isael deixou a prisão em março deste ano. Ele nega que tenha estado na casa naquela noite, mas o promotor afirma ter evidências concretas de que o homem estava na região. As mensagens trocadas entre ele e o irmão por aplicativo de mensagens foram todas apagadas antes da perícia da polícia.

 

 

 

 

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