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Golpe por WhatsApp promete saque imediato do FGTS e consulta ao fundo

Proposta chega em forma de link em mensagem na rede social ou como notificação no celular.

Golpe por WhatsApp promete saque imediato do FGTS e consulta ao fundo Imagem Ilustrativa (Reprodução Internet)

 

Em meio à notícia de liberação parcial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), um novo golpe via WhatsApp promete o saque imediato do dinheiro e consulta ao fundo. A proposta chega em forma de link em mensagem na rede social ou como notificação no celular.

A Caixa Econômica informou na quinta-feira que divulgará a data oficial de liberação do saldo no dia 5 de agosto. Não é possível, portanto, antecipar a retirada.

De acordo com Emílio Simoni, diretor da Dfdr Lab, empresa especializada em segurança virtual, ao menos 100 mil pessoas receberam, acessaram ou compartilharam o link malicioso desde os primeiros registros do golpe, na manhã desta quinta-feira.

— O número pode ser bem maior, em torno de 400 mil. Sabemos dessas (100 mil) pessoas porque elas têm nosso antivírus instalado — afirmou ele.

Questionado pela reportagem, o WhatsApp diz "não ter um posicionamento sobre isso no momento".

Ao receber o link pela rede social, o usuário é incentivado a responder a perguntas relacionadas ao assunto. "Deseja sacar todo seu FGTS ou parcial?" ou "está empregada há quanto tempo?", são algumas delas.

Segundo o diretor, as respostas não são usadas pelos criminosos, mas o usuário é encaminhado a uma nova página. Ele deve compartilhar um segundo link com mais 10 amigos do WhatsApp como condição para acessar o dinheiro do FGTS. A mensagem que o usuário encaminha aos seus contatos também contém o golpe.

Em seguida, a vítima é induzida a permitir o recebimento de futuras notificações, que conterão outros golpes. Elas chegarão direto ao celular da pessoa, disse Simoni, e não precisarão passar pelo WhatsApp. O usuário ainda é direcionado a uma página onde deve cadastrar seu nome e número de celular para serviços de SMS pagos.

Ao fornecer as informações, de acordo com o diretor, a vítima entra para uma base de dados acessadas pelos criminosos.

— Eles lucram com o crescimento dessa lista, como se fosse publicidade. Ela também serve para difundir futuros golpes mais complexos, como acesso a dados bancários — afirmou.

Para as vítimas que já acessaram o link, abriram e compartilharam seu conteúdo e forneceram seus dados, o diretor diz que é necessário entrar em contato com o serviço de telefonia contratado. A empresa poderá retirar o número de celular da base de dados dos criminosos.

Como prevenção ao golpe, Simoni aconselha a instalação de um programa de antivírus no celular e desconfiar de links que chegam via WhatsApp e outras redes. "O usuário precisa conferir se a fonte de informação é verdadeira. Nesse caso, o link não direciona para um página oficial da Caixa Econômica."

 

Por Folhapress

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