A sociedade brasileira procura, cada vez mais, manter-se informada para enfrentar a pandemia do coronavírus no país. E pesquisas recentes revelam que as pessoas buscam essa informação nos veículos de comunicação mais confiáveis, como o rádio e a televisão. A diretora comercial da Kantar Ibope Media, Giovana Alcantara, explica que o confinamento social levou as pessoas para dentro de casa. E a audiência da televisão, por exemplo, cresce diariamente, pois tem o poder de entreter e informar ao mesmo tempo. “Em média, os indivíduos estão assistindo 41 minutos a mais de tv durante a semana e 1h26 no finais de semana. Essa evolução é percebida em vários perfis de público e gêneros de programação, com destaque para o jornalismo: 79% da população considerem a tv o meio mais confiável para obter informações sobre o coronavírus”.
Para Gioavana Alcantara, o rádio não fica atrás. “Para 75% das pessoas, os meios de comunicação estabelecidos oferecem notícias que elas podem confiar. O rádio se destaca com 78%. Vale lembrar que 83% da população é ouvinte de rádio. Três em cada cinco pessoas escutam o rádio todos os dias”.
Emergência - O Datafolha também confirma a liderança dos programas de TV (61%), seguidos pelos jornais impressos (56%) e por programas jornalísticos de rádio (50%) no índice de confiança das notícias sobre a doença. No sentido inverso, apenas 12% dizem confiar nas informações espalhadas em grupos de WhatsApp e no Facebook. Para o consultor e professor Fernando Morgado, o rádio e a televisão cumprem novamente seu papel importante nos momentos de crise. “Fica ainda mais claro que nos momentos de emergência a informação salva vidas. Esse é o fato. E quem oferece informação com excelência, com credibilidade se destaca muito mais. Então essas pesquisas, que mostram tanto o aumento do rádio e da tv como também a alta credibilidade que esses meios têm, na verdade demostram essa relação forte e de fidelidade que o público tem com o rádio e a tv”.
O presidente da ACAERT, Silvano Silva, concorda com Fernando Morgado. “O rádio e a televisão sempre tiveram um papel importantíssimo no mundo todo. Nas grandes guerras, o rádio foi um grande destaque. Aqui em Santa Catarina, grandes catástrofes, anos 80, grandes enchentes em todo Vale do Itajaí, tivemos o rádio e a televisão como fundamentais. E hoje, nós vivemos a era da internet, da era digital, e o rádio e a tv continuam sendo os veículos essenciais. Onde existe o caos na internet, onde existe a fake news, disputas políticas, rádio e a tv continuam sendo a grande força de credibilidade para que a sociedade, que está em casa e confinada. Os companheiros para quem precisa se planejar o dia de amanhã."
O Portal Tudo Rádio, do jornalista Daniel Starck, também vem divulgando pesquisas sobre o consumo de mídia no mundo e no Brasil. Uma delas, a da Nielsen, voltada ao mercado norte americano, afirma que há uma previsão de aumento de quase 60% na quantidade de consumo de mídia no país, conforme as pessoas passem mais tempo em suas casas e isso deverá municiar diferentes plataformas de entrega de conteúdo, inclusive o rádio. Aqui no Brasil, Starck destaca ações das emissoras de rádio, inclusive, o fato de ser um veículo companheiro do ouvinte. “O rádio tem esse papel. São várias ações de emissoras na tentativa de apoiar até o lado psicológico do ouvinte. Seja com mensagens de apoio, a descontração das grades de entretenimento e também por meio de informação. E isso é acompanhado pela audiência. Não são dados fechados ainda mas no digital Tudoradio.com acompanha uma alta média de 16% dos acessos aos serviços de streaming das emissoras. Ou seja, o consumo de rádio via plataforma digital também está crescendo neste período de confinamento”.
Fonte: Assessoria de Imprensa ACAERT
