Desde setembro a nova Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Rio do Sul está em fase de testes para garantir o perfeito funcionamento e eficácia da estrutura. Embora o procedimento necessite de um tempo considerável para ser concluído, é de extrema importância para evitar problemas operacionais e identificar a eficácia dos processos.
Entre os trabalhos executados, estão testes com água, que fica nos tanques por no mínimo 72 horas. Durante esse período, são realizadas vistorias para verificação de níveis e possíveis vazamentos nas estruturas, É nessa fase também que é avaliado o funcionamento da rede coletora (tubulação).
O desempenho da estrutura tem se mostrado dentro do esperado, atendendo ao padrão de qualidade. A ETE de Rio do Sul é a maior da região do Vale do Itajaí, com capacidade para depurar 135 litros de esgoto por segundo.
A expectativa é de que no início de 2023 os moradores do bairro Canta Galo, primeiro a ser atendido pelo serviço de coleta e tratamento de esgoto, sejam autorizados a realizar a ligação.
Como funciona a ETE
O Sistema de esgoto de Rio do Sul vai permitir que o principal município da região do Alto Vale do Itajaí conte com uma infraestrutura fundamental para a saúde pública e a conservação do ambiente.
Entre os equipamentos que integram o sistema está a primeira Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Rio do Sul, que será capaz de atender mais de 12,6 mil ligações domiciliares, aproximadamente 35 mil moradores e cerca de 50% da população da cidade.
A ETE é uma unidade operacional que por meio de processos físicos, químicos e biológicos remove poluentes, bactérias e vírus do esgoto. Depois de tratado, o efluente final pode retornar à natureza dentro dos padrões exigidos pela legislação, impedindo a proliferação de doenças, a poluição do solo e de recursos hídricos.
Para que o efluente tratado seja devolvido à natureza de forma segura são necessários diversos processos, que aceleram o processo de depuração. Primeiro, ocorre a separação de resíduos sólidos por meio de um sistema de gradeamento. Após essa separação, uma estrutura retém areia e outros resíduos menores. Em nova etapa ocorrem reações no reator anaeróbico, onde microorganismos degradam materiais orgânicos. O caminho do tratamento ainda contempla passagem por tanque de aeração, decantadores, adensadores de lodo e desidratação, além de desinfecção, para permitir que o líquido livre de poluentes possa voltar à natureza.
O investimento total na infraestrutura de Rio do Sul é superior a R$ 80 milhões, com recursos da própria Casan e Caixa Econômica Federal.
Por CASAN