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Deputado Julio Garcia, presidente da Alesc, tem prisão domiciliar decretada na 2ª fase da Operação Alcatraz

Deputado Julio Garcia, presidente da Alesc, tem prisão domiciliar decretada na 2ª fase da Operação Alcatraz Foto: Rodolfo Espínola/Agência AL/Divulgação

 

O presidente da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), o deputado Julio Garcia (PSD), foi preso na manhã desta terça-feira (19) pela Polícia Federal durante a segunda fase da Operação Alcatraz

A informação foi confirmada pelo advogado do deputado, Cesar Abreu. Segundo o advogado, Julio Garcia está na sede da Polícia Federal, em Florianópolis, para prestar esclarecimentos, e o mandado prevê prisão domiciliar. Ele também disse que a defesa ainda não se manifestará sobre a prisão porque não teve acesso aos detalhes da decisão que embasaram o pedido.

 De acordo com a PF, a segunda fase da operação, chamada de "Hemorragia", tem como alvo suposta organização criminosa suspeita de corrupção, fraude em procedimentos licitatórios e lavagem de dinheiro em Santa Catarina. O foco desta fase envolve contratos firmados pelas secretarias estaduais, empresários do ramo de tecnologia e servidores públicos.

Segundo a PF, contratações de serviços eram feitas sem cotação prévia de preços, ou ainda, instruídos com orçamentos apresentados por empresas que possuíam relacionamento societário ou comercial entre elas. Foram expedidos 20 mandados de prisão - 11 mandados de prisão preventiva e outros 9 de prisão temporária, em Florianópolis, Joinville e Xanxerê. Houve ainda 34 mandados de busca e apreensão.

Além do deputado Julio Garcia, o empresário Jefferson Colombo, dono da empresa Apporti, foi preso preventivamente. A prisão preventiva do empresário foi confirmada pelo advogado dele, Francisco Ferreira. Em uma das denúncias da fase anterior da Operação Alcatraz, Jefferson Colombo foi apontado como operador financeiro do deputado estadual Julio Garcia no suposto esquema investigado.

A segunda fase da Operação Alcatraz também cumpriu medidas cautelares como afastamento da função pública, proibição de contato com outros investigados e de se ausentar do país, além do bloqueio de patrimônio dos investigados em valores que variam entre R$ 928 mil e R$ 37 milhões. 

Na primeira fase da operação o ex-presidente da Epagri e ex-prefeito de Ituporanga, Luiz Ademir Hesmann foi preso, no processo a juíza cita que ele fazia parte de uma organização para fraudar licitações junto a EPAGRI, todas com elevado sobrepreço, inclusive com adiantamentos possívelmente voltados à propina dos agentes públicos. Desde o ano passado cumpre prisão domiciliar com o uso de tornozeleira.

 

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