Suzane von Richthofen deixou o presídio onde cumpria pena na tarde desta quarta-feira (11) após a Justiça conceder progressão para o regime aberto. Ela estava presa desde 2002 por matar os pais.
Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), Suzane saiu da Penitenciária Feminina I “Santa Maria Eufrásia Pelletier”, Tremembé, no interior de São Paulo, por volta 17h35.
Em regime semiaberto desde outubro de 2015, Suzane estava condenada a 39 anos de prisão. Além das saídas temporárias, ela já havia sido liberada pela Justiça a cursar biomedicina em uma universidade em Taubaté, cidade próxima a Tremembé.
“Em decisão da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, proferida nesta quarta-feira, foi concedida a progressão ao regime aberto, após ser verificado o cumprimento dos requisitos estabelecidos pela Lei de Execução Penal”, afirmou o Tribunal de Justiça de São Paulo.
Pelo crime, também foram condenados a penas semelhantes os irmãos Daniel Cravinhos, que era namorado de Suzane, e Cristian Cravinhos.
O que é regime aberto?
Condenados que estão no regime aberto precisam seguir determinadas regras, como:
– permanecer no endereço designado durante o repouso e nos dias de folga. O local é chamado de Casa de Albergado, estabelecimentos prisionais para presos considerados de baixa ou nenhuma periculosidade;
– não se ausentar da cidade onde reside sem autorização judicial;
– comparecer em juízo quando solicitado para informar e justificar suas atividades.
Por R7 São Paulo
MP pede que um teste psicológico mais detalhado seja realizado
O Ministério Público informou que vai recorrer da decisão que determinou a soltura de Suzane von Richthofen.
De acordo com o MP, a defesa de Suzane fez o pedido de progressão de pena e durante o processo o órgão solicitou que ela fizesse um teste criminológico.
O resultado do teste foi favorável e indicou que Richthofen estava apta a receber o benefício e conquistar o regime aberto.
Apesar do resultado positivo, o Ministério fez um novo pedido à Justiça, solicitando um teste mais detalhado, o teste de Rorschach, que é um exame psicológico que consegue identificar traços da personalidade da pessoa.
Ainda segundo o MP, na época não havia um profissional qualificado na região, que pudesse realizar o teste com Suzane.
O MP pediu um prazo maior para o exame, que seria feito dentro de um mês, entretanto, o órgão informou que a juíza que cuida do caso entendeu que não era necessário e o exame criminológico bastou para embasar a decisão que determinou a soltura da Suzane.
O Ministério Público reforçou que assim que for notificado pela Justiça sobre o alvará, vai recorrer da decisão.
O g1 acionou a defesa de Suzane von Richthofen, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Por g1