No apagar das luzes, a câmara dos deputados aprovou um projeto de lei de 2001 que, se sancionado, afetará o trabalho dos Bombeiros Voluntários. A proposta de número 3045 possui dez páginas e trata de instituir a Lei Orgânica Nacional das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares no país.
O que chama a atenção e mobiliza diversas corporações voluntárias é que entre os artigos, inclui alguns itens como: ficar proibido usar o termo bombeiro para qualquer outra organização que não seja militar, mesmo que cumpra todas as funções dessa profissão e outra alteração é que todas as corporações de bombeiros voluntários agirão somente com o comando dos bombeiros militares.
No norte catarinense, o deputado estadual Vicente Caropreso (PSDB) emitiu uma nota de repúdio em defesa de várias cidades onde possuem bombeiros voluntários. Segundo ele, em Santa Catarina, esse trabalho é sinônimo de eficiência, trabalho e respeito com a sociedade.
“Deram o tiro de misericórdia contra a instituição mais bem avaliada pela população catarinense. Repudio totalmente o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados em Brasília, que passa a ser avaliado agora pelo Senado. Vamos nos mobilizar contra essa aberração e que cada um faça sua parte!”, defendeu Caropreso.
Em Santa Catarina, a Associação dos Bombeiros Voluntários representa as 31 corporações que atuam em diversas regiões, inclusive a tradicional de Joinville, referência nacional no serviço prestado.
Até agora não houve um pronunciamento por parte do órgão, apenas a Associação dos Bombeiros Voluntários de Araquari que publicou uma nota de repúdio. Na publicação, o pedido é para que o senado não aprove, colocando em risco o funcionamento das corporações.
No estado, mais de 1,6 milhão de pessoas são atendidas por Bombeiros Voluntários que estão presentes em 50 municípios.
É um momento importante também para as representações catarinenses em Brasília levantarem essa bandeira em defesa de Santa Catarina.
A proposta precisa passar pelo senado e depois vai para a sanção do presidente da república. Com o recesso, deve ser avaliado em 2023.
Por Sabrina Aguiar/nd+