Geral

Pix: saiba como funciona a nova forma de transferir dinheiro e pagar contas

Pix: saiba como funciona a nova forma de transferir dinheiro e pagar contas Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/ND

 

Você já deve ter recebido a notificação do seu banco, através do aplicativo de celular, sobre uma novidade que está para chegar e facilitar a transferência de valores. Começa nesta segunda-feira (5) o cadastramento dos usuários para utilização do Pix, solução de pagamento instantâneo criada pelo BC (Banco Central).

A ferramenta proporciona a realização de transferências e pagamentos de forma rápida e prática, com valores transferidos caindo na conta do destinatário em questão de segundos.

Vale ressaltar que o que começa nesta segunda é o cadastramento, e não o funcionamento sistema de pagamento instantâneo em si, que só se inicia no dia 16 de novembro.

Para o especialista em tecnologia e tendências, e professor convidado da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Arthur Igreja, a criação do Pix é um “lembrete” do quanto nosso sistema bancário é atrasado.

Para ele, na verdade, a ferramenta traz o que já deveria estar sendo usado, a fluidez e a praticidade. “O Pix é algo fantástico. Vai reduzir custos e burocracia, agilizará processos e viabilizará micropagamentos. E, acima de tudo, teremos menos circulação de moeda”, avalia o professor.

Chave Pix

Entre as diversas vantagens da plataforma, a possibilidade de realizar pagamentos em estabelecimentos comerciais por meio de QR Codes, que devem ser escaneados pelo celular, e “chave Pix”, é fator principal.

Mas, o que é exatamente a “chave Pix”? De acordo com o Banco Central, a chave é um ‘apelido’ para identificar sua conta. “Ela representa o endereço da sua conta no novo sistema. Os quatro tipos de chaves que você pode utilizar são CPF/CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou chave aleatória”, afirma.

Ou seja, para realizar uma transação, não serão mais necessárias informações como número de agência, conta e CPF — basta ter um QR Code ou a chamada “chave Pix”, que pode ser o número de CPF ou de celular, um endereço de e-mail ou até mesmo uma combinação escolhida pelo usuário.

A chave vincula um desses dados básicos às outras informações que identificam a conta do cliente, como identificação da instituição financeira ou de pagamento, número da agência, número da conta e tipo de conta — poupança ou corrente.

Como fazer o cadastro

O cadastro para utilização do Pix poderá ser realizado por meio de um dos canais de acesso da instituição em que você possui conta, inclusive aplicativo instalado no smartphone.

“Para fazer o registro, você precisará confirmar a posse da chave (número de CPF ou de celular, um endereço de e-mail ou até mesmo uma combinação escolhida pelo usuário) e vinculá-la a uma conta para recebimento dos recursos”, afirma o Banco Central.

Para confirmação da posse da chave, sua instituição enviará um código por SMS para o número de telefone celular que você quer utilizar como chave (ou para o e-mail que se quer utilizar como chave, se for o caso).

“Esse código deverá ser inserido no canal de acesso disponibilizado por sua instituição financeira ou de pagamento, mediante autenticação digital apropriada, como solicitação de senha, biometria ou reconhecimento facial, por exemplo. A confirmação não pode ser efetivada por contato telefônico nem por link enviado por meio de SMS ou por e-mail”, reitera o BC.

Como se proteger de golpes

Apesar do cadastro ter início apenas nesta segunda-feira, alguns bancos e instituições financeiras já disponibilizaram o pré-cadastro em suas plataformas digitais. No entanto, criminosos que buscam roubar dados sensíveis da população se aproveitam da situação para aplicação de golpes.

O mais comum é o “phishing”, ou pescaria digital. De acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a forma mais comum de ataque são as mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. No caso do Pix, o golpe induz os clientes a acharem que estão realizando o cadastro, quando, na verdade, estão acessando páginas ou links falsos.

Para a Febraban, o ideal é sempre verificar se o endereço da página de internet está correto. “Para garantir, não clique em links, digite o endereço no navegador. Nunca use computadores públicos para comprar algo no comércio virtual e não repasse a outra pessoa nenhum código fornecido por SMS ou imagem de QR Code enviado para autenticar alguma operação”, explica.

O especialista Arthur Igreja reforça que confirmar com as instituições financeiras se aquelas informações procedem é importante.

Para ele, deve partir também do usuário a atitude de apurar o conteúdo divulgado e “não sair clicando em qualquer link”. “Atenção e cuidado ao extremo são sempre importantes. As tentativas de fraudes virtuais são constantes e crescentes, pois o dinheiro, cada vez mais, é digital. A principal chave para a fraude tem mais a ver com a engenharia social (a forma como a pessoa usa as aplicações) do que com falhas sistêmicas”, completa Igreja.

 

Por R7, São Paulo 

ND+

Outras Notícias