As rodovias estaduais que cortam o Alto Vale tiveram um 2019 violento. No ano passado, 17 pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito atendidos pelos postos da Polícia Militar Rodoviária de Aurora e Taió. Foram 446 acidentes registrados em 15 trechos de rodovias, que somam 341 quilômetros, que passam pela região.
O levantamento feito pela PMRv não aponta em quais rodovias as mortes ocorreram, mas de acordo com o comandante do posto de Aurora, Edson Luiz Coninck Junior, a rodovia de maior movimento é a SC-350, que liga Alfredo Wagner a Rio do Oeste. Para ele o alto número de óbitos é resultado da velocidade acima do permitido associada a outros fatores como ultrapassagem em local proibido, uso de álcool e drogas e veículos em má conservação.
“A gente tem verificado nos acidentes com óbitos que a velocidade é a principal causa das tragédias”, disse.
Nos números contabilizados pela PMRv, constam somente as pessoas que perderam a vida no local do acidente e que não foram encaminhadas para o hospital, por isso as estatísticas podem ser ainda mais preocupantes, já que muitas vítimas acabam falecendo após o atendimento médico.
Para o comandante do posto de Taió, Derli Pereira Alves, é importante que os motoristas respeitem a sinalização e os limites de velocidade.
“É importante que o motorista respeite a velocidade máxima permitida da via e que não faça ultrapassagens em pontos não permitidos. Com isso os riscos de acidentes são reduzidos.”
Outro ponto observado por Derli é com relação ao efetivo. Segundo ele, se tivessem mais policiais disponíveis, os números poderiam ser menores.
“A união faz a força. Se tivéssemos mais pessoas para trabalhar, as operações seriam mais constantes e esse número certamente seria reduzido”, comenta.
As duas corporações contam, ao todo, com 28 policiais. São 17 em Aurora e outros 11 em Taió, que se dividem entre escalas, plantões e período de férias.
Coninck comentou ainda que um trabalho de fiscalização é realizado diariamente pelos policiais nas rodovias.
“Todos os dias nós paramos veículos, analisamos os documentos, as condições dos automóveis e dos motoristas. Também conscientizamos os motoristas com palestras e autuamos nos trechos mais críticos e perigosos das rodovias sob a nossa jurisdição”, completa.
Por Luana Abreu
Diário do Alto Vale