Saúde

Veja como ficam os atendimentos dos Hospitais do Alto Vale

Alguns procedimentos e cirurgias eletivas foram canceladas, mas no geral, hospitais da região mantêm os serviços à população.

Veja como ficam os atendimentos dos Hospitais do Alto Vale Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul (Foto: DVA / Reprodução)

Com a paralisação dos caminhoneiros, vários produtos pararam de circular. Na verdade, o Brasil parou. Em contato com as diretorias dos Hospitais da região, aqui no Alto Vale há reflexos mas não tão significativos até o momento. Porem se a greve continuar, as coisas podem começar a se agravar.

Em conversa com o diretor do Hospital Annegret Neitzke, de Pouso Redondo, Carlos Zanella, até nesta segunda feira (28) os procedimentos, atendimentos e inclusive cirurgias estão acontecendo normalmente. Porém, o diretor alertou que se a greve continuar as coisas podem começar a se complicar nos próximos dias. “Os medicamentos e produtos médicos vêm de transportadoras do Estado, e essas estão bloqueadas na greve”, relatou. Zanella adiantou que entre os dias 10 e 18 de junho, o Hospital realizará um mutirão de cirurgias de catarata, atendendo mais de mil pessoas do Alto Vale. Está tudo organizado mas é preciso que a greve acabe para que não haja interferência nos procedimentos. “Se a greve continuar, pode ser que comprometa o mutirão que está programado”, finalizou.

Em Ibirama, o diretor do Hospital Dr. Waldomiro Colautti (HDWC), Roberto Ferrari, contou que os atendimentos emergenciais estão ocorrendo de forma normal sem problemas, mas que atendimentos eletivos estão cancelados desde sexta feira (25). Em relação à materiais e insumos, o Hospital não passa por dificuldade.

Ferrari disse que durante a tarde desta segunda-feira (28), um caminhão tanque escoltado pela polícia levou combustível ao Hospital. Outro problema é o deslocamento de funcionários que moram em outras localidades e municípios, mas de acordo com o diretor, isto está tentando resolver dia após dia. Amanhã será feito uma reunião para as medidas cabíveis necessárias.

A diretora do o Hospital e Maternidade Alex Krieser de Agrolândia, Cibele Leite, disse que a maior dificuldade do Hospital é o deslocamento dos médicos. “Mas no fim de semana tivemos uma médica que conseguiu vir trabalhar e realizar todos os atendimentos. No domingo à noite outro médico conseguiu vir de Uber, abastecido à gás, e conseguiu chegar, e hoje estamos tentando achar um jeito de trazer o médico de amanhã que está em Blumenau sem combustível”, relatou. Essa é a maior dificuldade segundo ela, pois o Hospital não faz nada de procedimento complexo e esses casos são encaminhados ao Hospital Regional Alto Vale (HRAV). “Então falta de materiais e medicamentos por enquanto está tudo tranquilo. Em relação à alimentos toda a comunidade está fazendo doações para ajudar também”, finalizou.

Em Taió, as cirurgias eletivas no Hospital e Maternidade Dona Lisette estão mantidas, bem como o atendimento no Pronto Atendimento.

Em Ituporanga, estão suspensos por tempo indeterminado no Hospital Bom Jesus os procedimentos eletivos. Ficam mantidas as cirurgias e procedimentos emergenciais.

Na manhã desta segunda-feira (28) o gerente-geral do Hospital Regional Alto Vale, Siegfried Hildebrand, esteve reunido com gerentes dos setores. O objetivo de manter os atendimentos aos moradores da região foi alcançado, mesmo com o manifesto dos caminhoneiros. “Na realidade por enquanto o Hospital só não está atendendo os procedimentos eletivos. Ou seja, aqueles que não são urgentes. Nas outras ações estamos conseguindo atender e a entrega de uma nova carga de oxigênio deverá ser feita amanhã (terça-feira)”, explicou.

Neste fim de semana o Hospital também recebeu doção de alimentos. A Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí (Fusavi), que é a mantenedora, agradeceu e lembrou que toda doação será sempre bem-vinda. “Gostaríamos de agradecer todos aqueles que estão sensibilizados e estão entregando doações. O hospital atende toda região e qualquer doação ajuda bastante neste momento de desabastecimento”, destacou o presidente da Fusavi, Giovani Nascimento.

O Hospital Samária, também de Rio do Sul, está atendendo normalmente e continuará inclusive com as cirurgias eletivas até na quarta-feira (30). Porém, a administradora Adriana Schulze fez o pedido para que os agricultores que estiverem com problemas na estocagem da alimentos, façam doação ao Hospital, pois o mesmo está precisando.

 

Por Elisiane Maciel

Diário do Alto Vale

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