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Polícia alerta para "golpe do motoboy" em Rio do Sul

Aumento repentino de relatos de vítimas chamou a atenção da Polícia Civil, que já investiga os casos.

Polícia alerta para "golpe do motoboy" em Rio do Sul Imagem ilustrativa (Foto: Diogo Zanatta, Especial)

Nas últimas semanas, o aumento de registros de boletins por "golpes do motoboy" chamou a atenção da Polícia Civil de Rio do Sul. São moradores que acreditam em supostos funcionários de banco que, ao informar por telefone que o cartão de crédito dos clientes foi clonado, enviam um motociclista à casa deles. O criminoso recolhe o cartão da pessoa e a senha. A delegacia não soube especificar o número de vítimas até o momento, mas semanalmente chegam ao menos cinco relatos à instituição.

A delegada Andréia Dormelles conta que há um mês a Polícia Civil do Alto Vale do Itajaí não tinha conhecimento da prática na cidade. Porém, nas últimas semanas, o surgimento e crescimento repentino de denúncias gerou a abertura de inquérito para identificar o grupo. Andréia acredita que as mesmas pessoas aplicam o golpe em diferentes bairros do município. O modo de atuar, no entanto, é sempre o mesmo.

Um suposto funcionário de banco ou da bandeira do cartão de crédito liga para a vítima e questiona se ela fez uma compra, normalmente de valor alto. Como a pessoa não gastou aquele dinheiro, fica preocupada. O golpista então a faz acreditar que o cartão foi clonado e que ela tem de cortá-lo ao meio. Um motociclista é enviado para buscá-lo, junto com a senha, que será trocada e um novo cartão virá na sequência. Assim, com o chip e os dados do cartão em mãos, os golpistas realizam compras em nome da vítima.

— E aí o prejuízo é maior. Eles fazem compras pela internet, às vezes até conseguem sacar dinheiro. A pessoa entrega na boa fé, mas quando percebe foi um golpe — conta Andréia.

Moradores de diversas idades relataram o ocorrido, mas a maioria das vítimas é formada por idosos. A delegacia pede que essas pessoas sejam orientadas a nunca repassar informações pessoais por telefone ou WhatsApp e jamais entregar o próprio cartão ou senha a alguém. Na dúvida, é recomendado entrar em contato com a agência bancária. Estelionato é crime e pode, segundo o Código Penal, render pena de um a cinco anos de reclusão.

 

Por Bianca Bertoli

Santa / NSC Total

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