Polícia

Homem confessa ter matado radialista em Imbuia, mas não é preso por conta do período eleitoral

Homem confessa ter matado radialista em Imbuia, mas não é preso por conta do período eleitoral

 

Um homem se entregou à polícia no final da tarde de sexta-feira (13) na delegacia de Garuva, no Norte de Santa Catarina, confessando um homicídio. O crime ocorreu na madrugada de quinta para sexta-feira na localidade de Nova Alemanha, localizada no município de Imbuia, no Alto Vale do Itajaí. Mesmo confessando o delito, ele foi ouvido e liberado. O cumprimento da prisão preventiva não pode ser feito por conta do período eleitoral. A proibição de prisão cinco dias antes da eleição é determinada pelo Código Eleitoral (Lei 4737/1965), que permite a detenção nos casos de flagrante delito, sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou por desrespeito a salvo-conduto.

Segundo a delegada responsável pelo caso, Elisabete da Cruz Pardo Figueiredo, o delegado de Garuva, depois de tomar o depoimento do autor do crime fez contato questionando se havia ocorrido um homicídio em Imbuia. Um policial civil foi encaminhado ao endereço indicado e constatou o óbito. A vítima, o radialista Almiro Rengel, de 60 anos, foi encontrado sem vida em sua residência, com sinais de violência na região da cabeça.

Algumas ocorrências aconteceram próximas ao local do crime e no caminho de fuga, o que pode ter motivado a confissão.

— Quando ele saiu da casa com o carro da vítima havia acontecido um acidente de trânsito com óbito próximo ao local e algumas viaturas da polícia tinham sido encaminhadas para lá e ele imaginou que estariam atrás dele. Ele fugia para o Paraná e lá em Garuva estava acontecendo uma operação da Polícia Militar com a presença de helicópteros no local e ele achou que os helicópteros procuravam por ele — conta a delegada.

A suspeita é de latrocínio, mas há a possibilidade de ter ocorrido homicídio e o autor do crime ter fugido com o veículo. Agora, a polícia deve ouvir pessoas próximas à vítima, que morava sozinha, para dar seguimento à investigação.

 

Por Ângela Prestes

Santa / NSC Total

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