Nesta segunda-feira (27), a comarca de Lages, na Serra catarinense, começou a sessão de julgamento de 22 homens acusados de homicídio triplamente qualificado. Não há registros no Judiciário catarinense de júri com maior número de pessoas no banco dos réus. A previsão da 1ª Vara Criminal, a quem compete os júris populares, é de que os trabalhos se ampliem por cinco dias.

Antes das 8h, servidores da Justiça e forças de segurança estavam no Fórum Nereu Ramos preparados para o ato. No Salão do Júri Nauro Collaço, 61 cidadãos permaneceram até que sete fossem sorteados e aceitos pelos defensores e membros do Ministério Público para integrar o Conselho de Sentença. Os jurados permanecerão incomunicáveis até que seja concluído o julgamento. Cabe a esse grupo decidir o futuro dos réus.

Ao todo, são 33 advogados, entre eles o ituporanguense Dr. Felipe Maciel França, dois defensores públicos e três promotores de justiça envolvidos na sessão presidida pelo juiz Laerte Roque Silva. Somente após a liberação das pessoas voluntárias e convocadas para júri é que foi autorizada a entrada dos 22 réus. Por segurança, o juízo não permitiu o acesso do público ao local. Apenas a imprensa, com o horário definido, é que pode entrar no salão para cobertura do julgamento.

As testemunhas começaram a ser ouvidas no início da tarde. Arroladas pelas defesas e acusação, no total, 13 pessoas falam em plenário o que sabem sobre os fatos relacionados ao crime. Conforme a denúncia do Ministério Público, todos, inclusive a vítima, eram envolvidos com organizações criminosas. O homicídio ocorreu em maio de 2019, no Presídio Masculino de Lages. Consta nos autos que a motivação seria uma dívida com a facção criminosa.

Por: www.tjsc.jus.br/web/imprensa