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Trabalhadores Têxteis reivindicam aumento de 17%

Proposta foi definida durante assembleia do Sititev no último sábado.

Trabalhadores Têxteis reivindicam aumento de 17% Assembleia do Sititev no último sábado (Foto: DAV / Reprodução)

Uma assembleia realizada no último sábado (5) pelo Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Rio do Sul e Região (Sititev) definiu que a categoria irá pleitear um reajuste salarial de 17%. A decisão considera o crescimento do setor têxtil nos últimos dois anos, o número de contratações e o aumento na produção. Além desta, outras 62 cláusulas fazem parte da proposta, que deverá ser entregue hoje ao sindicato Patronal.

De acordo com a presidente do Sititev, Zeli da Silva, a proposta inclui cláusulas econômicas e sociais. Um dos itens abordados é o aumento do piso salarial da categoria para um salário mínimo e meio durante o período de experiência, e para dois salários mínimos após a efetivação do funcionário. Além disso, as reivindicações dos trabalhadores também abrangem questões como transporte coletivo, participação nos lucros da empresa, redução da jornada de trabalho e alimentação. “Se a empresa não fornecer a alimentação gratuita, ela que ofereça o ticket alimentação para que as pessoas possam fazer a alimentação também”, explica Zeli.

Outro item reivindicado pelos trabalhadores têxteis é o aumento de horas para o acompanhamento de filhos ao médico, e em casos de filhos com necessidades especiais ou idosos em tratamento de saúde, a ampliação da dispensa. “A gente trabalhou todos esses itens, que a gente vai colocar isso como carro-chefe da negociação coletiva, mas a nossa pauta de negociação, em 20 anos coletada nas assembleias, discutidas com os trabalhadores, nós já temos hoje 62 cláusulas”, afirma a presidente do Sititev.

A assembleia também definiu que uma multa seja aplicada em caso de atraso no pagamento do salário dos trabalhadores da categoria. Segundo Zeli, situações como essa costumam ser muito comuns no setor. “As denúncias de atraso são constantes, ocorre que entre pagar uma conta que tem multa e o trabalhador, alguns empresários deixam atrasar o salário de seus funcionários, que deve ser pago até o quinto dia útil do mês”, relata.

Outras reivindicações incluem o aumento de 100% no valor das horas extras em dias normais, e 150% em domingos e feriados, além do auxílio-creche de R$ 100 por mês. “Isso demonstra que ainda há uma carência muito grande na categoria de necessidades, sejam elas nas questões econômicas, como também nas questões sociais”, afirma Zeli.

A pauta deve ser entregue ainda hoje ao sindicato Patronal. Após isso, Zeli explica que ele tem 15 dias para fazer suas assembleias e chamar o Sititev para a primeira rodada de negociações. “A data-base é setembro, mas a gente já começa mais cedo, para que dê tempo para a gente sentar várias vezes e discutir”, conclui a presidente.

 

Por Carolina Ignaczuk

Diário do Alto Vale 

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