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SC projeta recorde de exportações

SC projeta recorde de exportações Imagem Ilustrativa

Setor de carne suína prevê vendas de R$ 700 milhões para o país europeu após acordo firmado durante encontro do Brics

Um dos acordos firmados durante as reuniões da 6a cúpula do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Fortaleza (CE), deve garantir um recorde para Santa Catarina em 2014.

O Estado é a origem de mais de 50% das exportações de suínos para a Rússia e planeja ampliar esse comércio após o anúncio de acordo para expandir os negócios assinado pelos presidentes dos dois países na segunda-feira. A expectativa é que Santa Catarina supere a marca de US$ 300 milhões (cerca de R$ 700 milhões) em vendas para o país até o final do ano.

O acordo bilateral projeta a diminuição de barreiras entre Brasil e Rússia. Para Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (Abpa), que participou da rodada de discussões da cúpula com empresários, o mercado pode ficar ainda mais aquecido após o acordo:

– No encontro, a Rússia deixou claro que pretende comprar mais do Brasil, inclusive dando apoio à abertura de novas unidades no país para produção de suínos. O comércio com os russos cresceu bastante este ano, principalmente após o surto de diarreia suína nos EUA, que é um dos maiores vendedores mundial do produto.

No primeiro semestre deste ano, Santa Catarina já vendeu mais de 86 mil toneladas de carne suína para o exterior, sendo 46 mil toneladas apenas para a Rússia, principal destino da produção catarinense. As vendas para o país europeu no período somam US$ 176,3 milhões, mais do que o dobro do valor dos seis primeiros meses de 2013. O governo catarinense espera que esses números melhorem ainda mais no restante do ano.

– Com o cenário aquecido, acredito que o segundo semestre deve ser ainda melhor em vendas de suínos para a Rússia – afirmou Airton Spies, secretário de Agricultura e Pesca de SC.

De olho no crescimento da carne suína catarinense no mercado internacional, os produtores buscam o certificado de zona livre de peste suína clássica (PSC), que será implantado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) a partir de 2015.

– Nosso Estado está livre de problemas sanitários há algum tempo. O certificado da OIE é uma intenção de melhorar a relação de comércio entre os países – diz Losivanio Luiz de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suíno (ACCS).

Diário Catarinense

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