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Radar meteorológico de Lontras não funciona há mais de três meses

Defesa Civil de Santa Catarina alega que troca de peças atrasou por causa da pandemia.

Radar meteorológico de Lontras não funciona há mais de três meses Foto: DAV / Reprodução

O radar meteorológico de Lontras, que custou mais de R$ 10 milhões e foi inaugurado em julho de 2014, está paralisado há mais de três meses e a previsão é que ele volte a funcionar apenas em junho. Esta não é a primeira vez que o equipamento apresenta problemas e a construção já foi questionada por diversas autoridades, entre elas prefeitos da região que acreditam que o investimento não traz o retorno esperado.

Procurada pela reportagem para comentar o assunto a Defesa Civil de Santa Catarina preferiu se manifestar apenas através de uma nota onde informa que o radar teve o funcionamento paralisado em função da necessidade de troca das peças do sistema móvel. A situação segundo o órgão, foi constatada durante a manutenção preventiva do equipamento que apontou que precisariam ser substituídos rolamentos, o eixo da caixa de redução azimutal e um parafuso do pivotamento.

Mesmo sem as imagens geradas em Lontras, a Defesa Civil declarou que o monitoramento e emissão de alertas não foi prejudicado e que imagens do Radar do Morro da Igreja, operado pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) da Força Aérea Brasileira, estão sendo usadas para monitorar temporariamente a região. Da mesma forma, com a utilização das imagens geradas pelos radares Oeste (Chapecó) e Sul (Araranguá). A nota diz ainda que no momento as operações de conserto são na sede da empresa em São Paulo para análise e manufatura das peças. A previsão para a finalização dos trabalhos é no mês de junho.

Com a nova paralisação, o prefeito de Lontras, Marcionei Hillesheim voltou a criticar a construção. Ele acredita que o dinheiro utilizado no radar teria sido melhor aplicado na construção de uma canal extravasor e limpeza do rio. “O radar nunca trouxe benefício porque nunca funcionou corretamente. Funciona um tempo e depois estraga novamente. Se tivesse aplicado esse dinheiro no canal extravasor seria melhor. A Defesa Civil até nos procurou lá em 2017 para que eu e o prefeito Thomé apresentássemos um projeto de onde poderia ser colocado o material que seria retirado do rio como lodo, madeiras e material rochoso. Definimos essas áreas e até hoje não saiu do papel. O que falta é uma resposta, vai sair ou não vai sair?”, questiona.

O radar é capaz de prever com algumas horas de antecedência o risco de granizo, chuva forte, vendaval e outras situações e a proposta inicial é que fosse utilizado inclusive como base para a Defesa Civil emitir alertas por SMS.

 

Por Helena Marquardt

Diário do Alto Vale

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