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Polícia Militar do Alto Vale não receberá novos reforços

Polícia Militar do Alto Vale não receberá novos reforços Foto: Jornal Diário do Alto Vale

Das 27 policiais militares que estão em formação em Rio do Sul desde novembro, nenhuma ficará no 13° Batalhão e por enquanto a PM da região seguirá sem reforços. A falta de efetivo também poderá se agravar ainda mais a partir deste mês quando mais de 30 profissionais poderão encerrar a carreira por já terem prestado seu tempo de serviço.

O último dia das alunas em Rio do Sul será na quarta-feira e por isso ontem à noite as policiais participaram de uma confraternização de encerramento do curso que contou inclusive com a presença de familiares. Já a formatura acontece na próxima sexta-feira na Academia da Polícia Militar em Florianópolis.

De acordo com o tenente coronel, Dionísio Tonet, comandante do 13º Batalhão, durante seis meses as alunas tiveram disciplinas práticas e teóricas e durante a confraternização de despedida receberam uma lembrança. “Entregamos uma camiseta com a foto de todas para que levem de lembrança além de destacar a primeira colocada nas disciplinas teórica, prática e a primeira colocada geral do nosso curso”, contou.

Ele ressaltou ainda de que a expectativa era que o batalhão recebesse três ou quatro policiais que estavam em formação, mas o fato não se confirmou. “O comandante geral optou nessa segunda formação por espalhar elas pelo Estado pelas unidades em nível de Companhia que tem mais população já que no primeiro momento elas foram distribuídas em nível de Batalhão”.

Tonet falou que na região do Vale do Itajaí, apenas Timbó vai receber novos policiais. “Lá tem mais população do que nós temos aqui em Rio do Sul, mas não sei qual a necessidade de Timbó, qual é o efetivo atual. Não tive a oportunidade de saber se eles têm mais necessidade do que nós, mas a constatação que temos é que atualmente todos os municípios precisam de reforços no efetivo”, comentou.

Ele completou dizendo que a defasagem é constante em todo o estado e a previsão de suprir essa carência é de aproximadamente cinco anos. “Estamos num ritmo de formar em torno de 1.500 policiais anualmente e se continuar nessa proporção lá na frente, vamos ter um aumento do efetivo. Hoje só temos recomposição já que a saída é em torno de 800 por ano. Temos um efetivo muito velho, com seu tempo de serviço já prestado”, explicou.

E a saída de alguns profissionais é justamente uma das preocupações de Tonet. “Está todo mundo aguardando as escalas de serviço porque no pagamento de agosto eles já terão a nova forma de pagamento, através de subsídio, com salário único sem ter incentivos adicionais que antes se tinha como a hora extra e depois disso eles vão decidir. Hoje temos 32 profissionais que já cumpriram a sua jornada e poderiam deixar o Batalhão”, adiantou.

Dificuldade para aprovação de candidatos

Uma das razões para a ausência de novos policiais no Vale do Itajaí segundo o comandante seria a dificuldade de aprovação dos candidatos. “Dos inscritos no último edital ainda ficaram abertas 95 vagas que poderiam ter sido preenchidas para esses policiais serem distribuídos no Vale do Itajaí, mas a polícia já está compondo de um novo edital e se elas forem regionalizadas vamos trabalhar para que possamos estar com candidatos sendo aprovados para a região”, afirmou.

Ele destaca que um dos fatores que acaba influenciando a baixa procura pelas vagas da PM da região é o fato de que a maioria das pessoas com o terceiro grau completo já esteja empregada. “Isso faz com que evidentemente a pessoa não esteja disponível no mercado para fazer um concurso público. A região de Florianópolis, por exemplo, tem mais faculdades, mais gente formada e mais cidadãos procurando uma colocação, o que na região acontece muito menos”, concluiu.

Hoje o efetivo no 13° Batalhão, que atua em 29 cidades, é de aproximadamente 270 homens. “Um número bem abaixo do necessário. Em Rio do Sul até não está tão ruim proporcionalmente ao número de habitantes, mas em outras cidades como Atalanta e Leoberto Leal temos uma defasagem muito grande e os municípios estão com apenas dois policiais militares”, disse.

Esse também é o número de profissionais que vão atuar em Mirim Doce, Aurora, Chapadão do Lageado e Presidente Nereu, o que inviabiliza o policiamento 24 horas por dia. “Os policiais acabam cumprindo suas escalas e em determinados momentos a cidade fica sem policiamento”, finalizou.

Educadora AM

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