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Polícia apura novas ramificações do PCC em Santa Catarina

Polícia apura novas ramificações do PCC em Santa Catarina Unidades prisionais são citadas em cartas apreendidas. Foto: Reprodução / Reprodução/Diário Catarinense

Cartas apreendidas nesta quarta-feira na casa de um foragido do Paraná, na favela do Siri, em Florianópolis, podem levar a polícia a identificar novas conexões da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, em Santa Catarina.

Dezenas de anotações, listas de unidades prisionais, nomes, telefones e cadernos com contabilidades que seriam do tráfico de drogas foram apreendidos com Alessandro Pereira de Souza.

O homem, natural de Toledo (PR), estava com mandado de prisão aberto, e em razão das anotações apreendidas na casa, no Norte da Ilha de Santa Catarina, foi autuado em flagrante por associação ao tráfico de drogas e apresentação de documento falso.

Souza era investigado pela Delegacia de Combate às Drogas (Decod) de Florianópolis por suspeita de liderar o tráfico de drogas na favela do Siri no lugar de Damacir Cândido, preso ligado à facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) e que atualmente cumpre pena em penitenciária federal por envolvimento com as ondas de atentados no Estado.

A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na residência dele. Nas cartas há menção das facções PCC e PGC, o que chamou a atenção dos policiais porque historicamente as duas organizações criminosas travariam rivalidade para cooptar membros no Estado.

Segundo o delegado da Decod, Antônio Cláudio Seixas Joca, cópias de todo o material foram repassados à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) com o objetivo de apurar as novas ramificações do PCC em Santa Catarina.

— A nossa suspeita é que ele (Alessandro Souza) seja um sintonia do PCC em Florianópolis, responsável por organizar a listagem dos envolvidos, além das ordens de crimes para os que estão soltos nas ruas — disse o delegado.

O DC não teve acesso ao preso nem ao advogado dele. As investigações sobre o PCC no Estado correm em sigilo nas polícias Civil e Federal.

O DC apurou que são investigados crimes como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, assaltos e assassinatos.

Uma das principais células da facção estaria no litoral Norte, onde houve apreensão de grande volume de dinheiro com suspeitos e uma morte que estaria ligada a desavenças entre criminosos de São Paulo que se mudaram para Santa Catarina.

Diário Catarinense

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