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Mudança nas escalas de policiais militares gera aumento de 30% no efetivo nas ruas de Santa Catarina

Mudança nas escalas de policiais militares gera aumento de 30% no efetivo nas ruas de Santa Catarina Como parte da estratégia, policiais faziam patrulhamento no final da tarde de ontem com abordagens nas ruas de Canasvieiras, em Florianópolis (Foto: M

Medida foi tomada a partir de maio deste ano

Mudanças nas escalas dos policiais militares em Santa Catarina possibilitaram ao comando-geral da corporação colocar em prática o incremento de efetivo pelo Estado. As medidas, adotadas em maio deste ano, assim que o coronel Valdemir Cabral assumiu a função de comandante-geral da Polícia Militar (PM), proporcionaram um aumento de pelo menos 30% no número de servidores no policiamento ostensivo.

A principal mudança foi a retirada dos policiais que trabalhavam no administrativo para atuar nas ruas. Segundo Cabral, em pelo menos 10 horas por mês, quem atua nas áreas internas deve executar serviços fora das unidades. No prédio do comando-geral, por exemplo, a cada cinco dias úteis, em um o policial da área administrativa deve trabalhar no patrulhamento.

Outra medida posta em prática em Florianópolis é o fechamento dos batalhões ao público em determinados dias para que os policiais atuem nas ruas. Segundo o comandante-geral, as mudanças de escala vão continuar até que o efetivo seja suficiente sem a necessidade dos administrativos.

— A sensação de segurança só é conquistada com o policial na rua — destacou Cabral.

No 4º Batalhão da PM, na Capital, o comandante Araújo Gomes postou em uma rede social que desde quarta-feira a unidade está implantando, até segunda ordem, a operação Fecha-quartel.

— Todos os policiais do batalhão fecharão suas seções por tempo indeterminado e serão deslocados para o policiamento ostensivo — escreveu.

No entanto, isso não ocorre todos os dias. Por isso, a forma como cada batalhão se organiza pode variar.

Associação de praças apoia mudança

A retirada dos policiais do setor administrativo para atuar nas ruas poderia ser significado de reação por parte dos servidores que trabalham em atividades internas. No entanto, a Associação de Praças de Santa Catarina (Aprasc) afirma que a entidade apoia a movimentação na logística de atuação policial. No entanto, o presidente em exercício da entidade, sargento Pedro Paulo Boff Sobrinho, alerta para que não seja comprometida a atividade administrativa.

— Toda ação feita pelo comandante visando a premissa de prestar segurança e que tem previsão legal será apoiada — afirmou Sobrinho.

Somado ao efetivo de reforço designado pelo comando, estão no policiamento ostensivo policiais recém-formados, que passaram a atuar em 2 de julho em todo o Estado. De acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Valdemir Cabral, o retorno da população tem sido frequente. Por e-mail ou em manifestações por redes sociais, pessoas de todas as regiões teriam enviado mensagens de apoio.

DIÁRIO CATARINENSE

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