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Metalúrgica Riosulense aposta em ressocialização de presidiários

Metalúrgica Riosulense aposta em ressocialização de presidiários Detentos da Penitenciária de São Cristovão do Sul. (Foto, Divulgação)

Com o intuito de ressocializar, capacitar os apenados e contribuir com o Programa de Ressocialização de Detentos do governo catarinense, a Riosulense inaugurou na última sexta-feira, dia 11, uma segunda unidade industrial dentro da Penitenciária da Região de Curitibanos, instituição vista como referência nacional no trabalho de apenados.

Estiveram presentes no evento os diretores e presidente da Riosulense, Edson Del Fiori, Ilário Link e Luis Stramosk acompanhados de uma equipe que representou a empresa, além do Juiz de Direito, Renato Mastella, do Promotor da Execução Penal, Guilherme Schmitt do diretor da penitenciária, Vladecir Souza dos Santos e de sua equipe administrativa.

Na oportunidade, os diretores apresentaram o propósito da empresa ao participar do “Projeto São Cristóvão”. Com base no projeto estadual, a Riosulense é responsável por ampliar sua unidade em São Cristovão, assegurando que seja cumprido o verdadeiro propósito da pena, o da ressocialização. A nova unidade, dentro do estabelecimento penal, reeduca profissionalmente 65 sentenciados para o acabamento de peças produzidas pela empresa.

Seguindo o modelo do projeto “Começar de Novo”, do Ministério da Justiça, a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, através do Departamento de Administração Prisional (Deap), desenvolveu o Programa de Ressocialização de Detentos. O programa cria convênios com empresas e órgãos públicos visando a ressocialização de detentos por meio do trabalho. O mais importante é que o programa exige que a empresa conceda um certificado ao apenado, para que ele realmente saia do sistema com uma profissão e possa ser reinserido no mercado de trabalho e na sociedade. Os detentos trabalham em todas as áreas, em oficinas instaladas dentro das unidades prisionais.

Segundo o diretor industrial da empresa Riosulense, Ilário Link, a oportunidade de ressocializar e contribuir com os detentos foi um dos motivos que levou a empresa a celebrar o convênio com a Secretaria de Justiça e Cidadania de Santa Catarina, após receber o convite da direção da entidade. “Queremos contribuir capacitando o apenado e possibilitando assim a sua reintegração e ressocialização. O nosso objetivo é também integrar o apenado e incluí-lo no mercado de trabalho. É um compromisso que hoje assumimos”, garantiu Link.

Hoje a Riosulense possui duas unidades fabris de acabamento de peças na penitenciária. Um dos objetivos é permitir o aprendizado de uma nova função e ainda o auxílio financeiro as suas famílias de uma forma correta.

Para o Promotor de Justiça, Guilherme Schmitt um dos maiores trunfos da unidade prisional, que é uma das melhores do Estado, está ligado às oficinas de trabalho, como oportunidade dos internos desenvolverem atividades laborais. “A maioria dos detentos exercem funções dentro da penitenciária e, deste modo, é necessário destacar o apoio das empresas conveniadas, sobretudo, quando oferecem a oportunidade de continuar trabalhando lá fora evitando, desta maneira, a reincidência”, argumentou o promotor. 

De acordo com o juiz de Execução Penal, Renato Mastella, há que se agradecer aos presos pelo trabalho e a empresa pela parceria, além de reconhecer o excelente trabalho da administração da Penitenciária, que incansavelmente tem buscado melhorias para garantir trabalho aos apenados.  “Assegurar que o preso tenha a chance de um emprego garantido ao ser reintegrado na sociedade é a prova de que a direção da Penitenciária tem levado a sério o cumprimento da Lei de Execução Penal”, frisou o juiz.

O diretor presidente da Riosulense, Luis Antônio Stramosk, falou da importância da Riosulense em assumir um compromisso social, colaborando para que todos possam ter uma nova chance. “Em nome da Riosulense, agradecemos o trabalho e a confiança e nos comprometemos em ampliar o número de vagas oferecidas, buscando trazer para penitenciária outras operações da empresa.”, garantiu Stramosk. 

Conforme o diretor da penitenciária, Vladecir Souza dos Santos, a valorização do trabalho dos sentenciados tem apresentado resposta positivas. “Acreditamos e hoje é realidade. Dos 833 presos, 400 trabalham com empresas conveniadas e recebem um salário mínimo por mês, que é destinado à família e auxilia nas suas despesas pessoais e ainda na redução da pena. Mas o sonho e a meta são de que todos possam trabalhar e, por isso, vamos ampliar. Vamos continuar na busca de parceiros que, a exemplo da Riosulense e outras empresas que já temos como parceiros acreditem na possibilidade de transformar vidas e recuperar cidadãos, oferecendo uma nova chance aos que um dia tiveram uma conduta ilícita. Quero parabenizar a empresa e pedir que os apenados aproveitem a confiança”, concluiu. 

Informações: Karine Sabino / Jornalista JP 4953/SC / Radar Alto Vale

 

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