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HSBC anuncia venda de subsidiária brasileira ao Bradesco por R$ 17,6 bilhões

HSBC anuncia venda de subsidiária brasileira ao Bradesco por R$ 17,6 bilhões Foto: Divulgação / Reprodução

O HSBC anunciou nesta segunda-feira a venda de sua subsidiária brasileira ao Bradesco, segundo maior banco privado do país, que reportou lucro de R$ 8,7 bilhões no primeiro semestre do ano. O banco britânico divulgou os resultados do segundo trimestre do ano e, com o anúncio, quis mostrar aos acionistas que está cumprindo seu plano estratégico para se tornar mais eficiente e lucrativo.
 
Para ficar com as 853 agências espalhadas em 531 municípios brasileiros, o Bradesco desembolsou R$ 17,6 bilhões (US$ 5,2 bilhões). Analistas avaliaram a operação do HSBC no Brasil entre R$ 10 bilhões e R$ 14 bilhões. O Bradesco tinha especial interesse na carteira de clientes de alta renda do banco britânico, e, com a aquisição, queria reduzir a distância que o separa de seu principal concorrente, o Itaú Unibanco.
 
O Bradesco afirmou que a compra não afeta em nada a relação dos clientes do HSBC com o banco.
 
“Os clientes do HSBC continuarão a ser atendidos da forma habitual e, após a conclusão da operação, passarão a contar com todos os produtos, serviços e comodidades oferecidos pelo Bradesco”, diz o comunicado do Bradesco.
 
Com os R$ 168 bilhões em ativos do HSBC, o Bradesco encosta no Itaú, maior banco privado do país com R$ 1,20 trilhão em ativos. O Bradesco informou, durante a divulgação de seu balanço, na semana passada, que seus ativos, em junho, atingiram R$ 1,030 trilhão, um crescimento de 10,6% em relação ao saldo de junho de 2014. Com a compra, chegam a R$ 1,19 trilhão.
 
O banco de negócios Goldman Sachs intermediou a venda, e foi chamado pelo HSBC exatamente para conseguir uma oferta mais generosa pela operação ao propor uma espécie de leilão. O Bradesco acabou fazendo a melhor oferta financeira e ganhou exclusividade nas negociações. Na primeira fase do processo, antes de ter acesso aos dados do HSBC, o Bradesco também tinha feito o maior lance para se qualificar à segunda fase, oferecendo R$ 10,4 bilhões. O prazo estabelecido pelo Goldman para fechar a operação era o início de mês de agosto.
 
O GLOBO

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