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Hospital Regional Alto Vale comemora 21 anos

Hospital Regional Alto Vale comemora 21 anos Foto: DAV/Reprodução

O Hospital Regional Alto Vale completou ontem 21 anos e a data foi lembrada com uma programação diferente que começou no início da semana, mas que teve como principais atividades a apresentação de equipamentos para a Rede Cegonha e quimioterapia e ainda a inauguração da nova farmácia, que foi inaugurada justamente no aniversário da entidade. A nova ala recebeu o nome de Giovani Nascimento, como uma homenagem ao advogado que tanto contribuiu com a instituição.

A cerimônia contou com a presença da comunidade, imprensa e autoridades e na ocasião também foi apresentado o projeto da nova torre da unidade.

A farmácia, que fica no quarto andar, custou aproximadamente R$ 850 mil e foi construída com recursos próprios. “Tudo com muito sacrifício. Todos os móveis foram feitos pelo nosso pessoal e nem contratamos uma empresa porque o dinheiro era curto. Hoje ela está pronta”, disse o presidente da Fundação de Saúde do Alto Vale do Itajaí (Fusavi), Osmar Peters.

Ele conta que o investimento vai trazer melhorias e já foi feito pensando no futuro. “Antes a gente tinha uma farmácia satélite em cada andar e agora não teremos mais. Será tudo centralizado num único local. Ali será preparada toda a medicação dos pacientes, manipulada. Uma mudança que estamos fazendo já pensando na oncologia”.

Para a nova ala, que já começou a ser construída, a diretoria já realizou diversas mudanças na unidade e a expectativa é que o serviço de oncologia comece a ser oferecido já no início de 2016. “Tudo é um processo para a gente realizar esse sonho que é de todo o rio-sulense, dos moradores de toda a região. Queremos atender pacientes que hoje fazem tratamento em municípios como Blumenau, Lages, Florianópolis e Joinville e sofrem nessas rodovias. E para aqueles que acham que essa obra não vai sair informamos que a parte estrutural já começou e estamos fazendo os buracos para colocar as primeiras colunas”.

Sobre a obra, o vice-presidente da Fusavi, Giovani Nascimento, revelou que a construção está sendo feita em partes já que por enquanto o Hospital não recebeu recursos do Governo do Estado através das parcelas do acordo firmado para o pagamento do extrateto. “Contratamos as fundações e já começaram a executar a obra. A secretaria liberou apenas R$ 263 mil, valor de uma parcela e ainda temos mais três para serem liberadas referente aos honorários médicos e mais quatro parcelas para a construção da obra em si que é um valor de recebimento de serviço já prestado que vamos converter para isso”, informou.

Ele completa dizendo que a atual diretoria da Fusavi vai fazer o que o prefeito Luiz Adelar Soldatelli fez em 1979. “Ele teve a coragem de erguer essa estrutura e nós vamos ter a coragem de erguer o Centro Oncológico na frente do hospital para que todos enxerguem que nós estamos fazendo. Se a obra vai mais rápido ou menos rápido vai depender do governo cumprir o que acordou conosco, ou seja, alocar o recurso para que isso fique pronto o quanto antes”, disse.

Osmar diz que a história da instituição foi marcada por muitos desafios, mas também conquistas e ao longo desse 21 anos o Hospital Regional se consolidou como uma instituição de referência apesar das dificuldades financeiras que a instituição sempre enfrentou. “Temos que parabenizar os empresários que pensaram nesse sistema de saúde para região. Nesse período os sete presidentes tiveram suas dificuldade, principalmente porque nunca recebemos em dia do governo. Hoje administramos o HRAV como uma empresa, sem política e sem credo. Temos centro de custos, estudamos onde tem receita e despesas porque se não o hospital ficaria inviável e fecharia as portas”, comentou.

Desafio é credenciamento em traumatologia

Nascimento ainda ressalta que o hospital já foi projetado para ser de alta complexidade e se consolidar nessa área é um desafio. “Ele foi para ser de especialidades deixando a média complexidade para os hospitais que estão ao nosso redor. Então viemos trabalhando para que a unidade se firmasse como referência nesses casos. Já temos o atendimento cardíaco, neurológico e agora buscamos a oncologia que está a caminho. Outro grande desafio é a traumatologia. Hoje a referência é Lages, mas estamos a margem da BR-470 e precisamos disso. Hoje se precisamos implantar uma prótese pelo SUS temos a equipe médica especializada para isso e pronta para esse serviço, que é o mais difícil, mas não podemos fazer porque não estamos credenciados para isso, então essa é uma busca constante” , finalizou.

Helena Marquardt/Diário do Alto Vale

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