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Chegada do calor provoca aumento nas chamadas por afogamento no Alto Vale

Na região desde 2018 foram atendidas 24 ocorrências de afogamento com óbito.

Chegada do calor provoca aumento nas chamadas por afogamento no Alto Vale Foto: Divulgação CBMSC

Com a chegada do calor as famílias aproveitam para se divertir e conhecer novos lugares na região. E para se refrescar nessa época do ano os locais mais procurados além das praias são as cachoeiras e rios. Segundo o Corpo de Bombeiros é no início de outubro que começam a crescer os números de chamadas por afogamento, por isso, todo cuidado é pouco. Na região do Alto Vale desde 2018 foram atendidas 24 ocorrências de afogamento com óbito, foram 24 vidas perdidas em dois anos.

O comandante do pelotão do Corpo de Bombeiros Militar de Rio do Sul, Daniel Lopes Gonçalves, explica que além dos 24 óbitos foram atendidas outras centenas de chamadas que resultaram em atendimento pré-hospitalar. Ele diz ainda que além de afogamentos nessa época são comuns acidentes em trilhas e matas. “A gente redobra os cuidados principalmente a partir de outubro que é quando começam os dias quentes, temos um olhar especial principalmente em questões de rios e lagoas que infelizmente não é possível colocar guarda vidas em todos os pontos, então acaba que as pessoas tem que ter um cuidado um pouco maior. Aqui na região é bem comum atendermos esses casos, principalmente por conta de que as pessoas muitas vezes não conhecem os locais onde vão para se divertir e é mais comum ainda ocorrências com crianças, que as vezes os pais não estão observando ou desviam a atenção por alguns minutos”, relata.

O comandante ainda conta que na maioria das vezes as chamadas são para salvamento de crianças e adolescentes. Ele ressalta que os familiares devem ter todo o cuidado ao levar crianças para as águas, já que elas muitas vezes gostam de se aventurar nas correntezas. Além disso, ele diz que mergulhar em rios que não se conhece pode trazer muitos riscos. “As águas de rio são muito traiçoeiras pois as pessoas olham para a água e por cima não tem muita correnteza, ela está parada, mas na verdade o fluxo da água forte está passando por baixo, então as vezes um rio que parece bem calmo pode ser muito perigoso, por isso a gente recomenda que não se mergulhe em local que não conheça”, justifica.

Daniel esclarece que alguns cuidados essenciais podem ser tomados ao visitar um local de banho. “Não se deve ir em um rio, lagoa ou cachoeira se banhar sozinho, se acontecer algo não terá ninguém para chamar ajuda. Outra questão que acontece bastante é ir para a água após ingerir bebidas alcoólicas ou logo após se alimentar, isso pode ocasionar acidentes também e é bem comum nas chamadas. Cuidados ao mergulhar também são essenciais, pois as vezes as pessoas mergulham e podem bater em um banco de areia ou em uma pedra e se a pessoa bate a cabeça ou a coluna pode ter um trauma severo na coluna cervical”, explica.

E todo o cuidado é pouco, pois o comandante ainda lembra que muitos desses locais são de difícil acesso, dificultando o resgate da vítima. “Geralmente os rios e cachoeiras que as pessoas costumas frequentar são em locais de difícil acesso e que é demorado para chegar, por isso a importância de sempre ir com alguém acompanhando. É importante ressaltar também que nós temos que nos deslocar até o local fazer o salvamento e depois temos que trazer a vítima em segurança, não podemos nos locomover muito rápido na volta pois podemos agravar mais ainda a situação, por isso todos os segundos contam”, finaliza.

 

Por Cláudia Pletsch

Diário do Alto Vale

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