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"É uma situação terrível", diz morador de Rio do Sul

Foto: andré munzlinger / arquivo pessoal

Morador do bairro Albertina, em Rio do Sul, o jornalista André Munzlinger está ilhado nesta segunda-feira em casa com a esposa e o filho, um bebê de nove meses. Funcionário do Instituto Federal, ele conta que está de prontidão desde domingo, quando percebeu que o nível do rio subia rapidamente pela segunda vez em menos de uma semana.

— É uma situação terrível, muito ruim. Estamos de olho no rio, ilhados. Não temos mais acesso a Rio do Sul nem a Ituporanga pelo nosso bairro — explica.

Esta é a segunda vez que sua casa é afetada pelas chuvas desde que ele mudou para Rio do Sul — o jornalista veio de Luzerna, no Meio-Oeste de SC, em 2010. Desta vez, já no domingo, ele começou a levantar os móveis e a se organizar para caso precise deixar a sua residência:

— Se o rio continuar subindo, vamos procurar algum lugar mais alto por aqui mesmo para tentar salvar nossas coisas. Nós não temos familiares aqui, ficamos sem ter a quem recorrer. 

Até o momento, Rio do Sul tem 20 abrigos abertos, 739 pessoas desalojadas e pelo menos 18 mil pessoas e 6,1 mil imóveis afetados pela cheia do rio Itajaí-Açu. A enchente atinge 18 bairros da cidade e a Defesa Civil trabalha com cota para inundação de 12 metros — o nível do rio às 18h era de 10,18 metros.

Por Jornal de Santa Catarina 

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