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"Me preparei para isso", afirma Pedro Casteli, novo técnico da equipe de vôlei de Rio do Sul

Treinador catarinense quer resgatar equipe que terminou o turno da Superliga na 10ª posição.

Clóvis Eduardo Cuco / Rio do Sul

O novo técnico da equipe de vôlei de Rio do Sul vive a expectativa de comandar seu primeiro time em uma Superliga. Aos 35 anos, Pedro Casteli Filho, conhecido como Moska, é catarinense, nascido em Florianópolis, e sempre esteve ligado ao vôlei. Em Rio do Sul, Moska já esteve em outras duas oportunidades, como auxiliar técnico. A última passagem dele pelo time foi em 2014, quando fez parte da comissão técnica comandada por Spencer Lee, hoje no Vôlei Nestlé, de Osasco (SP).

Formado em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Moska comemora a contratação, agradece a oportunidade e diz que se sente preparado para assumir este grande desafio. O profissional chega para assumir o lugar do paranaense Fernando Bonatto, desligado da equipe após a derrota para o Pinheiros por 3 a 1, na última rodada do turno.

- O frio na barriga é inevitável, desde quando o Seu Nilo (diretor do clube), me ligou e a gente conversou sobre eu assumir o time. Eu fiz Educação Física, escolhi essa profissão, para chegar esse momento, de ser técnico de vôlei de uma equipe profissional. Tudo que eu fiz até hoje foi visando isso. Todos os cursos da CBV até o nível 4, pós-graduação em voleibol. Eu só trabalhei com isso até hoje. Incomodei muita gente pedindo coisas. Eu dou graças a Deus que eu sou chato. Amadureci muito. Já trabalhei em algumas Superligas tanto masculina quanto feminina, mas sempre como assistente. Agora chegou a vez de ser técnico e me preparei para isso. Não o suficiente, porque ninguém sabe tudo, e com certeza vou aprender bastante ainda - afirma Pedro Casteli.

O novo técnico está muito motivado, apesar da situação do time na tabela. Na temporada passada, Rio do Sul terminou a Superliga na sexta colocação, a melhor da história. Neste ano, com a perda de alguns patrocínios, saída de Spencer Lee, e reformulação do elenco, as catarinenses fecharam o turno apenas na 10ª colocação. Pedro sabe das dificuldades, mas promete trabalhar duro para classificar o time para os playoffs — os oito melhores disputam a fase final.

- O torcedor de Rio do Sul meio que me conhece já. Trabalhei por lá em duas oportunidades. Uma com o Rogério Portela e outra com o Spencer. E sempre também com a Supervisão do Zé Roberto e Coordenação do Seu Nilo. Aprendi muito com esses caras que também me ajudaram a chegar até aqui. O torcedor também faz parte desse processo. Eles são um dos termômetros do teu trabalho. E, os de Rio do Sul, sabem que podem esperar, não só de mim, mas de todos os envolvidos dentro do time, que faremos o melhor que pudermos, mas que o apoio deles nessa caminhada é fundamental. Temos que resgatar essa simbiose entre torcida e equipe, voltar a lotar os ginásios, para daí sim, poder fazer um pouco diferente e melhor nesse segundo turno.

A reapresentação da equipe está marcada para o dia 2 de janeiro e o próximo duelo é contra o Sesi-SP, em Rio do Sul, no dia 6, às 21h30min, no ginásio Artenir Werner, com transmissão ao vivo do canal SporTV. Até lá, o treinador se concentra estudando as adversárias, que foram derrotadas pelas catarinenses no primeiro duelo do turno.

- Acho que vai ser resgatar a alegria de jogar vôlei. Tenho acompanhado de fora, vi alguns jogos, e essas meninas sabem jogar voleibol, e muito. Tive a oportunidade de já ter trabalhado com a Tutu (Camila Paracatu) e com a Natiele. Sei do potencial delas. Já vi as outras jogando por outros clubes. Vi o jogo que a gente fez contra o Brasília. Esse time que eu quero resgatar. Essa é a prova que elas podem chegar muito mais longe. Eu acredito nelas. Acredito nesse time - completou o treinador.

Jornal de Santa Catarina

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