O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento vai analisar a possibilidade da taxação de cebola importada dos países da Europa, especialmente da Holanda. O compromisso foi assumido pelo ministro Blairo Borges Maggi, que esteve na quinta-feira (6), em Ituporanga, participando da abertura da 24ª Exposição Nacional da Cebola, ato que contou também com as presenças do governador Raimundo Colombo, senadores, deputados, prefeitos, entre outras lideranças. Além da taxação, o grupo de representantes dos produtores reivindicou a renegociação das dívidas contraídas para o plantio da safra 2016/17.

Maggi explicou que a taxação da cebola, como os produtores catarinenses pleiteiam, não depende apenas de uma decisão do Ministério da Agricultura. Ele colocou ao presidente da Associação dos Produtores de Cebola de Santa Catarina, Luiz Carlos Laurindo, que é preciso encontrar mecanismo para que o pleito seja atendido. “Vou solicitar à minha equipe que analise esse pedido para não perdemos um produtor a cada safra”. “Também essa questão da renegociação dos financiamentos, que também não depende da nossa pasta, mas precisa ser analisada”.

O ministro anunciou que o resultado do novo balanço nas auditorias dos 21 estabelecimentos que estavam sob suspeição desde a deflagração da Operação Carne Fraca, foi positivo. “Toda a investigação segue sendo feita com transparência, dentro das normas do sistema de fiscalização sanitária do país”. Maggi frisou que foram recolhidas, pela força-tarefa criada pelo ministério, 302 amostras de produtos, de forma preventiva. Desse total, 31 amostras ou 10,2% delas, apresentaram problemas de ordem econômica, não necessariamente fraudes, mas a não observância de normas técnicas, como excesso de amido em salsicha ou adição de água, além do permitido, em frango.

Por Orlando Pereira